Cerca de 400 mulheres dos municípios de Cáceres, Mirassol D’Oeste e São José dos Quatro Marcos, receberam os atendimentos oferecidos pelo Ônibus Lilás da Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc-MT). A ação, que começou em 14 de setembro, faz parte do Programa Ser Mulher e visa fortalecer o combate à violência contra as mulheres. 1sg1e
Em Cáceres, o veículo, que é equipado com salas para os atendimentos psicossociais e jurídicos, esteve presente no 6º Encontro de Mulheres Rurais, promovido pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), em parceria com a Prefeitura Municipal.
No município de Mirassol D'Oeste, o Ônibus Lilás ou pelos assentamentos Margarida Alves, Santa Helena, Roseli Nunes, Nossa Terra Nossa Gente e no Silvio Rodrigues. Já em São José dos Quatro Marcos a iniciativa encerrou o 19º Encontro Cultural da Mulher Rural.
A secretária adjunta de Direitos Humanos da Setasc, Salete Morockoski, ressalta que a proposta é ampliar o contato com a mulher do campo, que também sofre com a violência doméstica. “Estamos buscando parceiros para dar continuidade a este trabalho que dá visibilidade as formas de violência que as mulheres sofrem e para provocar mudanças no pensar e agir dos que praticam e toleram”, destacou.
Para a coordenadora do CRDH de Cáceres, Poliana Souza Corrêa, a iniciativa proporcionou uma aproximação para a compreensão da realidade vivida pelas mulheres nas comunidades. “Esse trabalho, desenvolvido pelo Estado, nos auxilia no entendimento das dificuldades que essas mulheres enfrentam em suas comunidades, especialmente em relação ao o a informações sobre seus direitos e às políticas públicas”.
De acordo com a coordenadora, durante os encontros, além dos atendimentos psicossociais e jurídicos, como forma de auxiliar também foram realizadas rodas de conversas. “As rodas de conversa oportunizaram um espaço de trocas e compartilhamentos de saberes e experiências. A cada encontro identificamos a força da inteligência coletiva para a transformação social. Uma das formas que encontramos para enfrentar as violências sofridas é buscar a rede de apoio que construíram na própria comunidade", finalizou.
A psicóloga especialista em Terapia Cognitivo Comportamental, Karina Martins de Lara, pontuou a necessidade do apoio psicológico desenvolvido, para o empoderamento das mulheres vítimas de violência doméstica. “Foi de extrema importância esse deslocamento para ouvir essas mulheres. O empoderamento que levamos, dão coragem para que elas busquem ajuda. São mulheres fragilizadas, com dores antigas e esse apoio psicológico as auxiliam a procurarem os seus direitos”, salientou.