Por diversas ocasiões acontecem comemorações do dia das mulheres com eventos festivos onde há distribuição de flores. Uma demonstração de carinho, homenagem singela pela agem do dia. Mas, que comemoração é essa afinal! Não, não é em razão à graça, à beleza e à candura da mulher. q3d3c
O dia da mulher é dia de luta, dia de lembrar que você pode, que nós podemos! A data comemorada diz respeito às manifestações das mulheres por melhores condições de trabalho, ocorridas no início do século ado e oficializadas pela ONU em 1975, portanto, nada a ver com flores, mas com nossas conquistas.
Há menos de 90 anos a mulher brasileira conquistou o direito a votar e a ser votada, foi em 1933, na eleição da Assembleia Nacional Constituinte, porém, os debates antecederam a Constituição de 1824. No entanto, em países como a França e a Suíça, esse direito só foi conquistado após 1944 e 1971, respectivamente. Quanto ao o aos estudos, no Brasil o ensino superior chegou com a Coroa Portuguesa, em 1808, mas foi facultado à mulher após a Reforma Leôncio de Carvalho, em 1879, sendo a primeira brasileira a se graduar no Brasil, Rita Lobato Velho Lopes, em Medicina, na Bahia, em 1887.
Anteriormente a mulher tinha o direito (dever?) a casar e tratar dos deveres domésticos: casa, filhos, marido e, quiçá, pais e sogros. Se tivesse serviçais ótimo, caso contrário, se virava conforme podia. Apesar das lutas e das conquistas, já em meados da primeira metade do século 21, continuamos em embates para nos impor e conquistar o espaço que é devido, apesar da competência e da qualificação adquirida.
Conforme IBGE, 52,8% da população brasileira é feminina e 23,5% com 25 anos ou mais têm curso superior completo. Homens com graduação superior são 20,7%. Apesar dos números, a supremacia dos homens é observada nos postos conquistados em cargos eletivos, nos primeiros e segundo escalões de órgãos/instituições públicas, nos conselhos de classe, nas direções de empresas e por aí vai. Normalmente, na posição de comando lá está o homem, para coordenar a maioria de mulheres. Mas por que se somos em maioria">Jandira Maria Pedrollo, arquiteta e urbanista, membro da Academia de Arquitetura e Urbanismo de Mato Grosso (AAU-MT)