A escassez de materiais para atendimento à pacientes de covid nas unidades de Saúde em Cáceres, principalmente, na Central de Covid e UPA, levam vereadores e a população a questionar sobre como e onde estão sendo aplicados, pela prefeitura, os milhões de reais enviados pelo governo federal, para essa finalidade. 16f36

     Durante prestação de contas, no dia 1º de janeiro desde ano, na Câmara Municipal, o ex-prefeito Francis Maris Cruz, apresentou documentos em que, segundo ele, comprovaria estar deixando, em caixa, R$ 34.307.340,26 dos quais R$ 26 milhões de recursos do governo federal, destinados à Secretaria de Saúde, para ações de combate a pandemia do novo coronavirus.

     Representantes da população na Câmara Municipal, os vereadores cobram da istração, um esclarecimento. Presidente da Comissão de Saúde, vereador Luiz Landim, diz que já apresentou um requerimento solicitando explicações. Contudo, segundo ele, ainda não recebeu respostas.

    “Estamos solicitando um balanço das ações do ano de 2020, ainda da gestão anterior, para saber, com exatidão, quantos milhões foram deixados, quantos ainda existem e como foram gastos esses recursos, na atual istração” disse revelando que, somente neste ano, os vereadores aprovaram 4 projetos de créditos suplementares, que somam perto de R$ 6 milhões para essas ações.

     Landim explica que os recursos do governo federal, através do Ministério da Saúde, para ações de combate ao covid nos municípios, são destinados para duas finalidades: 1ª para pagamentos de gastos do tratamento de pacientes e a segunda, para cobrir perdas da istração decorrente da queda da arrecadação municipal no período da pandemia.

     Além do presidente da Comissão de Saúde, o vereador Flávio Negação, também defende um esclarecimento da situação. Em um vídeo, distribuído nas redes sociais ele solicita que a istração explique quantos e como estão sendo consumidos os milhões de reais vindos do governo federal.

     Presidente da Câmara, vereador Domingos Oliveira dos Santos, endossa o coro de pedido de esclarecimentos.  “A istração deve esclarecer. Até mesmo porque, os vereadores têm feito sua parte. Os projetos de créditos suplementare, chegam a Câmara de manhã, geralmente, com pedido de urgência/urgentíssima. Os vereadores se reúnem e já votam e aprovam a tarde, mesmo sem saber como os recursos estão sendo utilizados”

     O comerciante João Batista de Oliveira, disse que “por se tratar de recursos públicos a istração tem o dever de informar a população como e onde estão sendo gastos o dinheiro”. A dona de casa, Maria Terezinha, diz que “tem que saber para onde está indo o dinheiro, já que até campanha de arrecadação de lençóis para a UPA precisou ser feita".

     A reportagem entrou em contato com a istração para falar sobre o assunto, mas não obteve êxito. O secretário de Saúde, Sérgio Arruda, não respondeu as ligações. A prefeita Eliene Liberato Dias disse que entraria em contato, o que não aconteceu.