Diario de Cáceres 4jz3e Compromisso com a informação
Rees destinados ao H.S.L eram transferidos para SP deixando unidade sem recursos para pagar funcionários, fornecedores e adquirir insumos
Por Sinézio Alcântara
28/03/2022 - 18:57

Foto: reprodução

Todo recurso reado pelo SUS, através do Estado, ao Hospital São Luiz, em Cáceres, era transferido “em questão de horas” pela empresa Pró-Saúde, para matriz em São Paulo. Sem dinheiro, a unidade não pagava os servidores, fornecedores e tampouco adquiria insumos básicos para atendimento à população. 3x1q51

      A explicação foi dada, na tarde desta segunda-feira (28/03), pelo secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo. Durante coletiva a imprensa, Figueiredo disse que, a decisão do Estado, em fazer a requisição istrativa do hospital, foi a alternativa encontrada para evitar um colapso ainda maior na unidade.

     “Todo recurso reado ao hospital era transferido em questão de horas para São Paulo. Por isso, não havia dinheiro para pagar funcionários, fornecedores e nem comprar insumos. Não podíamos deixar colapsar a unidade sob pena de sérias consequências na saúde da população” justificou.

      O secretário desmentiu a versão apresentada pela empresa de que o atraso no pagamento dos salários dos servidores e fornecedores, bem como a falta constante de insumos (medicamentos) seria em razão da falta de rees financeiros do governo a unidade.

     “Isso não é verdade. Era uma forma de procurar culpado pela situação. A secretaria realiza os rees do SUS normalmente, dentro do estabelecido pelo contrato” assegurou lembrando que, a Pró-Saúde recebia 100% do contrato, mas realizava menos de 50% dos atendimentos previstos.

 

      Pelos cálculos da Secretaria de Estado de Saúde a empresa Pró-Saúde recebeu a mais do SUS nos últimos meses, o equivalente a R$ 22 milhões.

     Além das inúmeras irregularidades, o secretário firmou que a requisição istrativa do hospital ocorreu, também porque a empresa se negou reiteradas vezes a prestar esclarecimentos sobre a situação, tanto a Secretaria de Saúde, quanto ao Ministério Público.

Hospital recebia do SUS mas priorizava particulares 

         Gilberto Figueiredo disse que, embora o hospital fosse sustentado com recursos federais através do SUS, a empresa priorizava atendimentos particulares. “Na maioria das vezes não havia vagas para internações de pacientes do SUS porque os leitos estavam ocupados por pacientes particulares”.

         O secretário revelou que existem na unidade, pelo menos, 15 profissionais médicos que realizam atendimentos, inclusive, cirurgias a pacientes usando toda estrutura do hospital sustentado pelo SUS.

      “São cerca de 15 profissionais, sem nenhum vínculo de trabalho com o SUS que realizam cirurgias, usando a estrutura física e medicamentos do hospital sustentado pelo governo” disse acrescentando que “outros prestam serviços na unidade sem nenhum contrato formal”.

Empresa oportunista 

        O secretário enfatizou que a empresa Pró-Saúde foi “oportunista” ao aproveitar o período da pandemia para receber e não prestar os serviços.

       “A empresa foi oportunista. Se aproveitou de uma normativa do SUS que não exigia a prestação de contas para receber os valores do contrato, meteu o pé no acelerador, recebeu os valores integrais do contrato, mas não realizou os atendimentos correspondentes”.

 

Recursos bloqueados serão usados paga quitar débitos 

        Gilberto Figueiredo adiantou que, os últimos rees destinados ao hospital foram bloqueados e, após a conclusão de uma auditoria que está sendo realizada pelo SUS, os recursos poderão ser usados para pagamento de débitos pendentes, principalmente, com funcionários.

       “Vamos aguardar o resultado da auditoria realizada pelo SUS. Dependendo do que for apurado, os recursos dos rees bloqueados poderão ser usados para pagamentos de funcionários” disse acrescentando que o Estado não se compromete a pagar débitos pendentes com fornecedores.

Maior hospital público do Estado 

       Com a junção do Hospital São Luiz, o Hospital Regional de Cáceres, ará a ser o maior hospital público do Estado, com 300 leitos. Além de ser o primeiro hospital Maternidade Infantil do Estado. Serão mais de 400 servidores. Regido pela SES o hospital se denominará Hospital Regional anexo 1 para atendimentos 100% pelo SUS.

      “Será o maior hospital público do Estado, com 300 leitos. E, acaba-se aqui a falta de estrutura e insumos da unidade” disse o secretário revelando que, a secretaria já encaminhou, grande quantidade de medicamentos – duas ambulâncias – para suprir a falta constantes dos insumos para atendimento digno à população.

 

Gestora do Hospital São Luiz rebate informações falsas

 

 


Ao contrário do que afirma o Governo do Estado de Mato Grosso, os valores recebidos pelo Hospital São Luiz, pelos serviços prestados no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde), estão em conformidade com o contrato 112/2018, e foram aplicados integralmente na gestão dos serviços oferecidos a pacientes da região Oeste do Mato Grosso, especialmente, os acometidos pelo novo coronavírus e gestantes de alto risco. 

No decreto 1.320, publicado nesta segunda-feira, dia 28, em que, arbitrariamente toma para si um hospital privado, o Governo do Estado desconsiderou ou não quis explicar que dos R$ 46 milhões recebidos, R$ 41,4 milhões compõem duas bases de metas: quantitativas e qualitativas. Os R$ 4,7 milhões restantes referem-se ao programa de incentivo à contratualização do SUS, patrocinado pelo Governo Federal e que, portanto, não compõem a base de metas do contrato 112/2018. 

Em seu decreto, o Governo do Estado de Mato Grosso usa apenas como justificativa as metas quantitativas e, com isso, não considera duas questões básicas importantes: as metas qualitativas e as leis federais que suspenderam a “obrigatoriedade da manutenção das metas quantitativas e qualitativas contratualizadas pelos prestadores de serviço de saúde de qualquer natureza no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS)”, publicadas em decorrência da pandemia da Covid-19. 

Cabe relembrar que, atendendo pedido do próprio Estado, o Hospital São Luiz foi a única referência para tratar vítimas da Covid-19, em 2020. Nesse período, a exemplo do que ocorreu em todo o Brasil e conforme as leis acima já citadas, ficou impossibilitado de atender casos eletivos. 


É fundamental ressaltar que todas as prestações de contas do Hospital São Luiz foram devidamente aprovadas pela Comissão de Avaliação de Contratos (CAC), composta por integrantes nomeados pelo próprio Governo do Estado de Mato Grosso. 

Assim, ao ignorar questões tão importantes, o Governo do Estado de Mato Grosso confunde a opinião pública sobre a real situação do Hospital São Luiz, com assessores dizendo na imprensa que a mais importante unidade de saúde da região Oeste do Mato Grosso estaria prestes a fechar as portas. Não é verdade.   

Desde o início da gestão, a Pró-Saúde busca soluções para equilibrar as contas do hospital, que enfrenta inúmeras dificuldades, entre as quais a demora para receber do Governo do Estado que, muitas vezes, ultraou os 120 dias – um período longo se considerar a enorme inflação causada pelo impacto da pandemia nos produtos, remédios e órios de saúde. Atualmente, o São Luiz aguarda rees de serviços prestados, já aprovados pela CAC, desde a competência de dezembro de 2021.  

Amparada por seu histórico de mais de 50 anos de serviços prestados, e diferentemente do que vem sendo divulgado, a Pró-Saúde não fecharia as portas do Hospital São Luiz e seguia executando o seu planejamento para continuidade dos serviços e futura expansão da unidade. Na última semana, as taxas de ocupação de leitos superaram os 90%.  

Recentemente, o Governo do Estado de Mato Grosso manifestou interesse na renovação contratual com a entidade, após a aprovação da comissão de gestão bipartite (CIB) e comissão intergestores regional (CIR), enviando a minuta contratual à Pró-Saúde, que já estava assinada e protocolada junto ao Estado. 

Diante da gravidade dos atos recentes e do contexto em que eles aconteceram, a Pró-Saúde repudia todo e qualquer uso político de uma situação em que o maior prejudicado serão os pacientes de toda a região Oeste do Mato Grosso. 

Por fim, a entidade está adotando todas as medidas judiciais cabíveis para retomada da gestão do São Luiz e do atendimento a todos os pacientes que dependem dos serviços, e está apurando as informações para honrar os compromissos com funcionários, prestadores, fornecedores e parceiros. 


 

Comunicação – Pró-Saúde

 

 

 

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