O governador Mauro Mendes (União Brasil) afirmou, nessa terça-feira (25), que o Estado fará um recadastramento do número de pescadores em Mato Grosso para evitar que "pescadores de mentirinha" possam receber o auxílio de um salário mínimo pelo prazo de três anos.A Lei do Transporte Zero foi sancionada, proibindo o transporte, comercialização e armazenamento de pescados nos rios do estado por cinco anos."O Governo criou alternativas, criou um salário durante três anos. Vamos recadastrar todo mundo, porque tem gente aí que fala que é pescador e não é pescador vírgula nenhuma. Vamos 'fazer um limpa'. Vai ter que recadastrar para receber o dinheiro do Estado, mas vai receber quem é pescador de verdade. Pescador de mentirinha não vai receber", disse Mauro durante entrevista à Rádio Capital FM.Conforme o texto sancionado, o auxílio será devidamente pago somente aos pescadores profissionais artesanais inscritos no Registro Estadual de Pescadores Profissionais (REPESCA) que comprovarem residência fixa em Mato Grosso e que faziam pesca artesanal, bem como comprovação de profissão como pescador.A proposta inicial de Mauro era pagar apenas R$ 1.320 no primeiro ano, R$ 660 no segundo ano e R$ 330 no terceiro.No entanto, a Assembleia apresentou um substitutivo, definindo um salário mínimo fixo durante três anos.O chefe do Executivo reforçou que a ausência de peixes nos rios do estado é notória, sendo assim, não havia outra solução para que a natureza pudesse se recuperar."O Governo criou condições alternativas para isso. Todo mundo sabe os peixes nos rios estão acabando. Toda hora a gente escuta isso de que foi pescar e não pegou nada. Era necessário dar uma parada para recuperar a natureza", defendeu.Sem medo de judicializaçãoO projeto, idealizado pelo Executivo, já foi alvo de críticas até mesmo em Brasília. O governador inclusive já rebateu o ministro da Pesca e Aquicultura ,André de Paula, que teceu críticas ao texto.Segundo o governador, o ministro provavelmente foi mal informado sobre a verdadeira motivação da lei e pontuou não temer uma judicialização. "Qualquer cidadão [pode judicializar]. Não precisa ser ministro não, pode discordar e fazer o que acha necessário, disse. O mais ferrenho parlamentar contrário é o deputado Wilson Santos (PSD), que tem encampado uma cruzada na tentativa de derrubar a lei.O governador, no entanto, até mesmo ironizou a luta de Wilson por não crer em resultado diferente após a sanção. Fonte: RDNEWS - Portal de notícias de MT 84m6r