Os bairros Massa Barro, Santos Dumont e Vila Irene, estão sob alto risco de uma epidemia de dengue, em Cáceres. O índice de infestação do mosquito aedes aegypti, transmissor da doença é de 8%, no primeiro, 7% no segundo e 6% no terceiro. A informação é da coordenadoria da Vigilância Sanitária, lembrando que o índice tolerável pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 1%. Até agora de 1 de janeiro a 14 de fevereiro foram 377 casos notificados e 192 confirmados de dengue no município. Uma média de 4, 26 casos confirmados por dia. “A situação é extremamente preocupante e inspira cuidados” enfatiza o sanitarista Josué Valdemir de Alcântara, lembrando que apesar das chuvas – período em que os mosquitos se proliferam – é necessário que a população se empenhe ainda mais nos cuidados de prevenção contra a doença. Através de uma “Nota à População” encaminhada aos meios de comunicação, na última quinta-feira (14/02) a Vigilância Sanitária recomendou a remoção e eliminação de vasos e plantas nos cemitérios, de forma a evitar a formação de pontos com água parada, considerados criadouros do mosquito. Orientou para que nas sepulturas, túmulos, jazigos e monumentos funerários sejam mantidos somente vasos e outros recipientes furados ou preenchidos com areia para não acumularem água. “Além desses cuidados, a população deve também evitar deixar embalagens, sobras de materiais, bem como flores ou arranjos de plásticos que acumulem água ao redor dos túmulos” diz Alcântara. Dos 46 bairros da cidade, pelo menos, 13 estão com índice de infestação, acima de 5%. Além do Massa Barro, Vila Irene e Santos Dumont, que lideram com índice acima de 7% no topo estão ainda o Tancredo Neves, Jardim Padre Paulo, Cohab Nova e Cohab Velha, Paraíso, Vista Alegre, Santa Cruz, Jardim São Luiz, Cavalhada II e Cidade Alta. A média de infestação entre todos os bairros da cidade, conforme a Vigilância Sanitária é de 4,1%. A preocupação da istração se justifica. Há menos de 15 dias, quando foi realizado o mutirão de limpeza na cidade, o índice de infestação era de 3,6%. Além das notificações diárias de dezenas de casos e, a confirmação de aproximadamente cinco casos por dia, a Secretaria de Estado de Saúde, investiga a morte de uma mulher, residente no bairro da Cavalhada, com sintomas de dengue hemorrágica a forma mais grave da doença. O maior número de casos de da doença foi registrado em 2009 quando, pelo menos, 6 pessoas foram vítimas fatais de dengue hemorrágica. No ano o maior índice de infestação foi registrado no bairro Jardim Padre Paulo: 13,5%.