Através do COREN-Conselho Regional de Enfermagem, funcionários municipais que trabalham no Pronto Atendimento Municipal (PAM) entregaram um documento aos vereadores, na sessão do último dia 05,expondo em detalhes todas as dificuldades que enfrentam para trabalhar. "Todas elas antigas"-afirmam. Faltam medicamentos, equipamentos (até mesmo agulhas e sondas), e até de material antisséptico para higienização das mãos. Não há local apropriado para isolar pacientes com suspeita de doenças infectocontagiosas. Pacientes são transportados do PAM ao Hospital Regional de maca ou cadeira de rodas, pelo lado externo do prédio, pela calçada. O PAM faz o papel do SAMU(não existente no município). Tanto que o número 192, que em todo o país é utilizado para chamar o SAMU, em Cáceres é da recepção do PAM Funcionários não ganham a taxa de insalubridade, como conta na Constituição Federal. Equipamentos como desfibrilador e outros para atendimento de urgência, só há um de cada. O oxigênio não funciona adequadamente e não há técnico para operar o aparelho. Através de um abaixo-assinado, os funcionários pedem providências urgentes para que possam trabalhar com dignidade e para que os pacientes deixem de correr riscos. O documento está sendo examinado pelos vereadores. O vereador Manoel Félix Alvares,que é médico, usou a tribuna para afirmar que Cáceres tem 68 médicos e apenas dois atuam na saúde pública, que está caótica. Dos 11 Postos de Atendimento Familiar, apenas dois tem médico. "Hoje não havia médico atendendo no PAM"-denunciou. A média de atendimento diário no local é de 280 pacientes. O vereador Edmilson Campos também falou, assim como a vereadora Valdeníria Dutra. Ambos afirmaram que os vereadores tem que se unir e cobrar de forma rigorosa da istração pública as providências necessárias. "ou da hora do prefeito encarar de frente os problemas de Cáceres e a saúde pede socorro"-afirmou Edmilson. Diante desta situação, cerca de 600 trabalhadores da saúde municipal realizam protesto hoje,15, a partir das 15 horas, em frente ao gabinete do prefeito Francis Maris Cruz (que está em Brasília). Coordenado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, o protesto, segundo o presidente do SSPM,. Claudiney Lima, pretende cobrar providências urgentes sobre a situação que põe em risco o atendimento da população.