Alunos do primeiro ano dos cursos técnicos em Agropecuária e Desenvolvimento de Sistemas Integrados ao Ensino Médio, do IFMT Cáceres, realizaram, na última semana, atividades de interação com as artes plásticas durante a I Semana de Direitos Humanos e I Mostra Cultural “Natureza, Cultura e Arte das Gentes do Pantanal”, realizado pelo Centro de Referência em Direitos Humanos de Cáceres na Universidade do Estado de Mato Grosso, Unemat. Apresentaram trabalhos na Mostra os artistas plásticos Carlos Bosquê, Sálvio Júnior, Rafael Jonnier e Valdir Ricardo. O espaço contou ainda com exposição fotográfica de Acácia Emara, Vivea Fernanda e Joe Bengala . O artista plástico e professor de artes do IFMT Carlos Bosquê orientou os alunos na exposição com atividades didático-pedagógicas referentes à disciplina de artes. O trabalho contou com a participação e colaboração dos professores Luciano Paullo, de língua portuguesa e Paolo Targioni, de Sociologia. “Os alunos estudaram arte da antiguidade e da idade média e ainda não conheciam os estilos apresentados na exposição como pop arte, cubismo, surrealismo e paisagismo. Eles tiveram oportunidade de dialogar com os artistas e conhecer alguns trabalhos, o que resultou também na produção de relatos dos estudantes sobre as suas impressões e sensações diante das obras”, afirma o professor. “Para gostar de música clássica, você tem que ouvir, tem que fazer parte do seu convívio, da mesma forma é com as artes visuais. É um processo de formação, de visão cultural, de interação do homem com o meio”, exemplifica Bosquê. Durante a semana, o artista Bosquê expôs 12 telas a partir das temáticas Natureza Pantaneira, Relações Culturais e Étnicas. A aluna Vitória Leão Campos conta que ficou encantada com as cores e as expressões culturais representadas na Mostra. Vitória cursa o primeiro ano do Curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio e iniciou o contato com as artes plásticas em sala de aula, por meio do trabalho realizado pelo professor de artes. “Achei interessante às cores, os tons e traços que os artistas usaram nas telas e as figuras com representação da cultura. Artes, a gente só tinha contato em sala de aula, por meio do nosso professor, então essa foi uma ótima oportunidade para conhecermos mais”, afirmou. Para o artista Sálvio Júnior que representou na maioria das telas a cultura local, a identidade regional, a vida pantaneira, a Mostra foi um espaço importante de interação com a comunidade, onde as pessoas se comunicaram e despertaram, por meio da arte das gentes do pantanal, ao debate social importante sobre os direitos humanos. “Falta muito mais espaço como este. Ainda é pouco. A organização e todos os envolvidos estão de parabéns”, destacou o artista.