Os 19 mil habitantes da cidade de Comodoro (a 667 quilômetros de Cuiabá) estão comemorando o aumento da disponibilidade de energia elétrica, da qualidade e da confiabilidade no fornecimento. É que a Cemat concluiu, no fim de outubro, o Sistema de Distribuição Sapezal / Comodoro. O empreendimento representou um investimento total de R$ 27,2 milhões, em beneficio de 6,5 mil clientes residenciais, comerciais, industriais e rurais no município. Comodoro, que antes era abastecida por uma usina termelétrica (UT) a diesel, agora faz parte do Sistema Interligado Nacional (SIN). Para que isso fosse possível, a Cemat construiu 133 quilômetros de linha de distribuição em 138 kV ligando o município de Sapezal à Comodoro, adequou a subestação de energia em Sapezal e construiu uma subestação em Comodoro. De acordo com o diretor de Operações da Cemat, Joubert Meneguelli, 66% dos recursos financeiros foram investidos na linha de distribuição. Os outros 34% foram investidos nas subestações. Em Comodoro, a recém energizada subestação possui dois transformadores e três alimentadores (redes que transportam energia elétrica da subestação para os transformadores de distribuição). “Com esse novo sistema, a população da região sai do Sistema Isolado e a a integrar o Sistema Interligado Nacional, o que permite o desenvolvimento econômico e social do município sem a limitação imposta pela capacidade da usina térmica”, acrescenta o diretor Joubert Meneguelli. Ganho ambiental - Com a desativação da usina térmica de Comodoro, a Cemat deixa de consumir 220 mil litros de óleo diesel por mês – em média, deixando Mato Grosso cada vez mais próximo da interligação total ao SIN. A redução do consumo de diesel corresponde a 54% do consumo geral das usinas em funcionamento, que a a ser de 200 mil litros mensais (no período de maior geração). Além de reduzir o consumo do combustível fóssil, a empresa reduz a emissão de gás carbônico (CO2). A desativação da UT Comodoro, que consumia anualmente cerca de 2,5 milhões litros de diesel, reduz em 13.777 toneladas a emissão de CO2 por ano. “Faltam apenas três pequenas usinas a serem desativadas, nas localidades de Guariba, Paranorte e Rondolândia”, explica Meneguelli. De acordo com o diretor, isso representa um grande avanço, pois, desde a privatização da Cemat – em 1997, foram desativadas 52 usinas a diesel em Mato Grosso. Dessa forma, a distribuidora mato-grossense contribui cada vez mais para a redução do efeito estufa e das chuvas ácidas, problemas que agravam o aquecimento global.