Nesta semana, desembarcaram em Mato Grosso 36 médicos cubanos para trabalhar no programa “Mais Médicos” do governo federal. Os profissionais vão atuar em cinco Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) e nove municípios do interior. Conforme a assessoria da Secretaria de Estado de Saúde (SES), 22 profissionais vão atuar em DSEIs, sendo que quatro serão enviados para a unidade da região do Araguaia, quatro para atender o povo Kaiapó, quatro para a etnia Xavante, quatro para a região do Xingu e mais seis para atender o DSEI da Baixada Cuiabana. Os outros 13 médicos vão atuar em postos do Programa de Saúde da Família (PSF). Sendo que quatro irão trabalhar em Colniza (1.114 km a noroeste de Cuiabá), dois em Comodoro (667 km a noroeste de Cuiabá) e dois em Cotriguaçu (991 km a noroeste de Cuiabá). Também receberão profissionais os municípios de Cáceres (236 km a oeste de Cuiabá), Campinápolis (598 km a noroeste de Cuiabá), Chapada dos Guimarães (64 km a leste de Cuiabá), Nova Nazaré (780 km a nordeste de Cuiabá), Porto Esperidião (342 km a oeste de Cuiabá) e Vila Bela da Santíssima Trindade (533 km a oeste de Cuiabá). Conforme a assessoria da Secretaria de Estado de Saúde (SES), os profissionais desembarcaram em Cuiabá no último domingo (1). Esta semana eles arão por treinamento para poder aprender um pouco mais sobre o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) de Mato Grosso e quais são as principais doenças e endemias locais. Na próxima semana eles serão encaminhados para os municípios e arão por mais uma semana de treinamento e ambientação até realmente começarem a realizar os atendimentos. Conforme a assessoria, a língua não será um problema, pois eles somente são liberados pelo governo federal após serem devidamente capacitados. Agora chegou a 42 o número de médicos estrangeiros trabalhando em solo mato-grossense pelo programa Mais Médicos. Segundo a assessoria da SES, a previsão é que até abril de 2014 mais de 200 profissionais estejam atuando. Os primeiros chegaram no estado em outubro deste ano. MAIS MÉDICOS - O programa faz parte de um pacto que prevê mais investimentos em infraestrutura dos hospitais e unidades de saúde, além de levar mais médicos para regiões onde há escassez de profissionais. Desde a sua aprovação, o projeto tem levantado polêmica entre os profissionais da área da saúde. Tanto o Conselho Federal de Medicina (CFM) quanto o Conselho Regional de Medicina (CRM) se posicionaram contrários a medida. O (CFM) chegou a entrar com uma representação na Procuradoria-Geral da República para impedir que o governo contratasse os médicos estrangeiros.