A Justiça determinou a internação de dois adolescentes, um de 13 e outro de 15 anos, que participaram de um duplo assassinato em dezembro do ado em Cáceres (cidade a 230 quilômetros a oeste de Cuiabá). Eles vieram transferidos para o Complexo do Pomeri para o cumprimento de atividades socioeducativas. Na sentença, a juíza Joseana Carla Ribeiro Quinto, da 1ª Vara Cível de Cáceres, ressalta a necessidade de avaliações semestrais para definir a continuidade da medida socioeducativa. O período máximo de reclusão não poderá ultraar três anos, conforme previsto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Atingido o limite estabelecido para internação, os adolescentes deverão ser colocados em regime semiaberto ou de liberdade assistida. Os adolescentes cumprem atividades pelos atos infracionais de homicídio qualificado, por motivo torpe, sem chance de defesa para as vítimas. Além disso, eles praticaram ocultação de cadáver. O duplo assassinato ocorreu no dia 4 de dezembro. Na ocasião, a Polícia Civil chegou a quatro pessoas – sendo um maior e quatro menores – suspeitos de terem participado do assassinato dos irmãos Greisson, de nove anos e Greivisson de oito – mortos e jogados nas águas do Rio Paraguai, no bairro Garçes, sendo localizado no sábado e o irmão, na quarta-feira (04) na cidade de Cáceres. Não satisfeitos ainda praticaram necrofiolia – sexo com cadáveres. Além do primo de 15 anos, participaram a namorada dele Rosana Garcia Cabreira de 19 anos e dois menores, um de 13 e outro de 11 anos, que foi liberado. Os detalhes fornecidos pelos envolvidos estarreceram os policiais. Relataram que as vítimas foram, primeiramente, asfixiadas dentro do rio e depois retiradas da água para que dois dos menores praticasse sexo com os cadáveres, caracterizando crime de necrofilia. Enquanto as meninas, a moça de 19 e a criança de 11, permaneceram olhando. “Nisso, a criança de sete fugiu”, disse a delegada. Após o ato e necrofilia, o primo dos meninos deu uma marretada na cabeça de uma das crianças, depois decapitou e esquartejou. “Pegou um machado cortou, perna, braços, a cabeça. Ele também abriu a barriga da vítima com uma faca com objetivo de colocar pedras dentro e assim o corpo não boiasse”, explicou a delegada Mariele Dias. O primo de 16 anos, acrescentou à delegada, que já tinha feito isso com animal na fazenda e que a intenção era fazer o mesmo com a segunda vítima, mas estava chegando gente ao local. Conforme a delegada, os motivos são todos torpes e fúteis. O primo alegou vingança do tio, que havia dado uma surra nele. A jovem de 19 disse que não gostava das crianças e o garoto de 13 anos relatou que o pai das vítimas tinha furtado uma bicicleta dele. A criança de 11 anos foi ouvida e liberada, por ser inimputável.