A média de infestação do mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue, reduziu de 8% para 6,7% em menos de dois meses. Em alguns bairros, como o Jardim Solução e Tancredo Neves, que no mês de novembro de 2013, apresentava com 42 % de infestação, caíram para 5,9% e 11,1% respectivamente. A situação de Cáceres era considerada a pior do Estado, conforme dados do Ministério da Saúde, publicado no dia 19 de novembro. Apesar da redução, não há muito que comemorar. O Ministério da Saúde considera estado de alerta quando os imóveis pesquisados apresentam índice entre 1% e 3,9% e, satisfatório, quando fica abaixo de 1%. O balanço atual da situação da dengue no município foi apresentado na tarde de quinta-feira (16/1) em reunião no gabinete do prefeito Francis Maris Cruz. “É importante porque, a maioria dos bairros teve o índice reduzido. Porém, outros infelizmente aumentaram” explicou Josué Valdemir de Alcântara, coordenador da Vigilância Sanitária, assinalando que, os bairros Cavalhada II e Maracanãzinho, por exemplo, tiveram aumento considerável de infestação. O primeiro que na pesquisa de novembro estava com índice de infestação de 2,7% pulou, agora no início de janeiro, para 5,9% e o Maracanãzinho que, há menos de 60 dias, está com 3,9% de infestação ou para 13,7%, no início do ano. Alcântara atribui a redução do índice há vários fatores. Entre eles, o trabalho de conscientização feito nos bairros, os pequenos mutirões, palestras nas escolas, algumas notificações e até a baixa incidência de chuva no período. “Não podemos especificar este ou aquele motivo. Mais sim, um conjunto de ações, somado até a “colher de chá” dada por São Pedro, pela pouca incidência de chuva, nos últimos dias”. Apesar da redução, a proposta é intensificar ainda mais o combate a proliferação do mosquito. O prefeito Francis Maris, informou que a ordem é no sentido de que, a equipe da Vigilância Sanitária, amplie as notificações, principalmente, nos imóveis reincidentes. “Vamos fazer cumprir a lei municipal nº 2207 de 2009 que estabelece multa de 1% do valor do imóvel, nos casos reincidente” assegurou. O promotor Douglas Lingiardi Strachicini, da 1ª Promotoria de Justiça Civil, disse que “Vamos enfrentar com mais seriedade esse trabalho. Não é uma ameaça. Mas, se for necessário vamos usar os instrumentos penais, para responsabilizar as pessoas que contribuírem para o aumento da dengue no município”. Conforme os dados apresentados pela Vigilância Sanitária, em 2013 foram realizadas 857 notificações de suspeita de dengue, das quais 556 deram resultado positivo, com dois casos graves, ocasionando uma morte. No mesmo período, 54 pessoas foram notificadas, por facilitar a proliferação do mosquito transmissor da doença. Desse total, 34 atenderam a recomendação dos técnicos, sanando a situação. Dos 16 restantes, 8 notificações foram cumpridas com oficio, 6 com notificações recomendatória e 2 viraram processo istrativo. Com, pelo menos, um cidadão sendo responsabilizado, criminalmente, pelo caso. Josué Alcântara informou ainda que, a equipe da Vigilância Sanitária, responsável pelo trabalho, é composta por 40 agentes. E, que seriam necessários, pelo menos, mais 10 para atender a demanda de trabalho. Explicou que, existem 48 mil imóveis cadastrados. E, que cada agente, realiza em média, de 25 a 40 investigações, em imóveis, diariamente. Além do prefeito e do promotor Douglas Strachicini participaram da reunião, o presidente da Câmara, Alvasir Alencar e os vereadores, Valdeníria Dutra Ferreira, Marcinho Lacerda e Manoel Inácio (Manoel Leiteiro), ainda os secretários de Governo, Washington Calado, de Saúde, Carla Bareli e de Educação, Nelcy Longhi.