Com dois pênaltis defendidos por Júlio César, a seleção brasileira venceu o Chile por 3 a 2, após empate no tempo normal e na prorrogação em 1 a 1, ontem, no Mineirão, pelas oitavas de final da Copa do Mundo. Com a classificação, a seleção brasileira encara na próxima fase o vencedor do confronto entre Colômbia e Uruguai, que se enfrentam ainda neste sábado, no Maracanã. O jogo das quartas de final está marcado para a próxima sexta-feira, em Fortaleza. A seleção brasileira não poderá contar com o volante Luiz Gustavo, que recebeu o segundo cartão amarelo e terá que cumprir suspensão. Foi a quarta vitória do Brasil sobre o Chile em Copas do Mundo. As outras foram em 1962 (4 a 2), 1998 (4 a 1) e em 2010 (3 a 0). Foi também a terceira vitória da seleção brasileira nos pênaltis em quatro disputas em Mundiais: venceu em 94 (contra a Itália) e em 98 (diante da Holanda). Em 86, o Brasil caiu para a França. O único marcado pelo time brasileiro no tempo regulamentar saiu justamente em um ponto fraco do adversário: a bola parada. A média de altura dos jogadores chilenos que iniciaram a partida foi 1,75 m. Já o Brasil contou com uma equipe com altura média de 1,81 m. O gol chileno saiu em uma saída de bola errada da seleção. Não é apenas na média de altura que a seleção brasileira difere do rival. Um enorme abismo financeiro separa as duas equipes. As duas seleções entraram em campo marcando a saída de bola e apostando nos lançamentos longos. Assim, não conseguiam criar jogadas perigosas. O Brasil marcava forte principalmente do lado esquerdo. Hulk ajudava Marcelo na marcação. Aos 12min, o time brasileiro reclamou de um pênalti não marcado pelo árbitro inglês Howard Webb em cima do atacante Hulk. Com o ar do tempo, a equipe Felipão foi se acertando em campo e conseguiu abrir o placar. Após cobrança de escanteio de Neymar, Thiago Silva desviou e David Luiz disputou com o chileno Jara e a bola entrou. O Chile não se abateu com o gol tomado e conseguiu o empate em uma falha brasileira. Melhor em campo, Hulk errou o e e Vargas aproveitou para rolar em direção a Alexis Sánchez, que finalizou cruzado e deixou tudo igual. Ainda na etapa inicial, o Brasil criou duas boas chances. Oscar cruzou da direita, Neymar cabeceou e a bola ou raspando a trave. Na sequência, o camisa 10 recebeu lançamento de Thiago Silva nas costas da defesa e, dentro da área, mas demorou para finalizar. A bola ainda sobrou para Fred, que mandou por cima do travessão. No final da etapa inicial, o Chile ameaçou novamente em uma saída de bola errada. Luiz Gustavo errou o e e a bola sobrou Vargas, que invadiu a área e foi travado na hora da finalização. Na etapa complementar, a seleção brasileira tentou tomar a iniciativa, enquanto o Chile marcava forte e tentava explorava o contra-ataque. Aos 9, após lançamento para a área, Hulk dominou e mandou para a rede. No entanto, Howard Webb alegou que o brasileiro dominou a bola na mão. Com o ar do tempo, o Chile ou a controlar o jogo. A equipe marcava a saída de bola da seleção brasileira e valorizava a posse de bola. Sem o time conseguir sair para o jogo, Felipão fez duas alterações. A primeira foi a entrada de Jô na vaga de Fred. Logo depois, colocou Ramires no lugar de Fernandinho. Neymar esteve sumido em campo na etapa complementar. Assim, o Chile criou uma excelente oportunidade aos 18 minutos, quando Aránguiz completou uma jogada pela direita e exigiu excelente defesa de Júlio César. A seleção criou o seu melhor lance aos 28, quando Jô, livre, furou um cruzamento da esquerda. Sete minutos depois, Hulk fez linda jogada individual e concluiu para boa defesa de Bravo. Apesar dos lances, o Chile dominou o jogo e pressionou a seleção brasileira nos minutos finais. Nervosa, a equipe de Felipão errava es e não conseguia sair para o jogo. Prorrogação - O Brasil procurou mais o jogo na etapa inicial da prorrogação, enquanto o Chile demonstrava cansaço e não conseguia repetir a mesma atuação do segundo tempo. Na segunda metade do tempo extra, Felipão colocou Willian na vaga de Oscar. Apesar de arriscar mais, a seleção esteve longe de suas melhores atuações e não conseguiu assustar o goleiro chileno Bravo. A melhor chance foi chilena aos 14min da etapa complementar, quando Pinilla acertou o travessão de Julio Cesar. BRASIL – 1 (3) Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo e Fernandinho (Ramires); Oscar (Willian); Hulk e Neymar; Fred (Jô) Técnico: Luiz Felipe Scolari CHILE – (2) Bravo; Medel (José Rojas), Silva e Jara; Isla, Aránguiz, Díaz e Mena; Vargas (Gutierrez), Vidal (Pinilla) e Alexis Sánchez Técnico: Jorge Sampaoli Gols: David Luiz (B), aos 18min, e Alexis Sánchez (C), aos 31min do 1º tempo. Na cobrança de pênaltis, houve vitória do Brasil por 3 a 2. Marcaram para o Brasil David Luiz, Marcelo e Neymar. Já para o Chile converteram Aránguiz e Díaz. Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte Árbitro: Howard Webb (Inglaterra) Cartões Amarelos: Hulk (B), Luiz Gustavo (B), Jô (B), Daniel Alves (B), Mena (C), Silva (C) e Pinilla (C). 3306x