O radialista Mauro Augusto Ribeiro, apresentador do programa “Aqui Agora” da tevê Descalvados, teria sido vítima de abuso de autoridade e agressão por um policial civil, lotado no CISC em Cáceres. De acordo com boletim de ocorrência, o policial Ivonei da Silva Moraes, teria lhe agredido, desferindo um soco à altura do rosto e, após tê-lo arrancado a força do interior do veículo, colocado uma arma, em sua cabeça, antes de conduzi-lo à sede do CISC. O policial nega: “Não houve agressão alguma. Desci com a arma na mão para fazer a abordagem. Tivemos que usar a força para conter a situação diante da resistência dele em nos acompanhar ao CISC” afirma Ivanei. O fato ocorreu no último dia 6, durante um incidente de trânsito. Mauro Augusto diz que dirigia, por volta das 7h30, pela rua Comandante Balduino, quando ouviu uma viatura buzinando pedindo agem. Lembra que não atendeu por a rua ser estreita e, além disso, haver carros estacionados do lado direito. E, que em dado momento, irritado com a buzina, colocou a mão para fora do veículo, dizendo alguns palavrões. E, que só percebeu que era uma viatura policial quando ela estacionou do seu lado esquerdo. As versões são controvérsias. O radialista diz que, o policial desceu da viatura com a arma em punho lhe chamando de filho da p. mandando que ele desligasse o carro. Momento em que, segundo Mauro, Ivonei lhe desferiu um soco acertando o seu rosto e ao retirá-lo à força do carro, arrancou os botões e rasgou sua camisa. Relata que, as agressões só não foram piores porque, o policial Ailton, colega de Ivanei, que dirigia a viatura, interferiu impedindo. Afirma ainda que, já no interior do CISC, Ivanei novamente o agrediu e que foi contido por outros policiais que estavam no local. O policial contesta a versão apresentada pelo apresentador. Em depoimento ao delegado Alex de Souza Cuyabano, Ivonei contou que, naquele dia e hora, em companhia do policial Ailton, havia recebido um chamado para atender uma ocorrência urgente. Afirmou que, apesar de ter ligado a sirene e o intermitente da viatura, Mauro ignorou o pedido de agem. Disse que, após insistir com a buzina, o radialista tirou o braço para fora do veículo e os xingou dizendo “em por cima filhos da p”. Momento, em que, segundo Ivonei, a viatura da policia alcançou o carro e ele desceu com a arma na mão para fazer a abordagem. Ao reconhecer o radialista, segundo ele, recolocou a arma na cintura e pediu para que ele desligasse e descesse do carro. Instante em que, de acordo com o policial, foi mais uma vez xingado e desacatado pelo radialista. “Além de nos xingar e desacatar ele dizia várias vezes: vocês não sabem com quem estão mexendo. Vocês vão pagar caro por isso. Ele parecia que estava fora de si” disse Ivonei afirmando que, se empurraram, mutuamente, no momento em que, ele tentou desligar o carro. “A atitude dele foi de verdadeiro marginal. Ele me fez ameaça de morte dentro da delegacia”, afirmou. Caso será encaminhado para Justiça e Corregedoria da Polícia Responsável pela elaboração do Termo Circunstanciado de Operação (TCO) sobre o caso, o delegado Alex de Souza Cuyabano, diz que já tomou depoimento de todos os envolvidos. O objetivo, segundo ele, será apurar se houve abuso de autoridade por parte do policial ou desacato por parte do radialista. E, que após a conclusão do trabalho o termo será encaminhado para a Justiça. “Tomamos todas as medidas cabíveis. Lavrado o TCO, realizado exame de corpo de delito no radialista e ouvidos todos envolvidos e até algumas testemunhas que presenciaram o fato. Após a conclusão, o resultado será encaminhado à Justiça que irá decidir” enfatizou Cuyabano lembrando que, além da Justiça, o relatório será enviado a Corregedoria de Polícia para apurar istrativamente a conduta do policial.